domingo, 27 de setembro de 2009

Macabro.

Ouço as vozes, sussurros e gritos por socorro.
Não sei de onde vem e nem se acredito.
Seriam fantasmas nascendo em meu interior?
Às vezes posso até dizer que os barulhos vindos do andar de cima me acalmam, mesmo sabendo que ninguém vive lá.
Os ratos correndo nos telhados.
As fotos em preto e branco dentro das caixas no sótão.
Os quadros de pessoas mortas que vejo ao subir as escadas e as marcas de sangue nas paredes dos quartos.
O forro vermelho do caixão.
As velas queimando aos poucos.
O lugar é mesmo estranho, mas hoje sei que o medo não me afeta mais.

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Como se nada tivesse existido.

Sinto que o tempo acabou levando você para longe.
Como água do mar puxando algo para longe da areia.
Quem sabe eu quisesse isso, ou quem sabe eu só quisesse uma distância.
Hoje sinto como se tudo tivesse sido um sonho.
Como se você e aqueles sentimentos nunca tivessem existido.
Está tão distante, tão distante.
Não faz mais parte de minha vida.
É como se nunca tivesse feito.
Como se aquelas palavras perfeitas nunca tivessem sido ditas.
Como se nada não tivesse passado de conversas imaginárias.