terça-feira, 25 de agosto de 2009

Olhares.

Vejo pessoas me olharem estranho.
Como se estivessem me condenando.
Como se eu tivesse cometido algum crime.
Não entendo exatamente o porque.

Não ligo para o motivo.
Apenas finjo não ver o que está acontecendo.
Mas como não perceber?
Se todos me ignoram.

Ninguém escuta.
Ninguém quer saber de minhas defesas.
Apenas me acusam.
Muitos nem sabem por que estão fazendo isso, mas fazem.

Abaixo a cabeça.
Coloco um capuz preto.
Fico negra na escuridão.
E assim é como se não visse nenhum dos acontecimentos.
Como se ninguém mais me visse.
Uma armadura contra as trevas.

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Esconder-me.


Posso fugir? Sair correndo e nunca mais voltar?
Virar as costas e esquecer de tudo?
Ir quem sabe para uma ilha e ficar longe de tudo.
Ver apenas o mar, a areia e mais nada.
Quem sabe dormir por horas, dias, meses, anos até e sonhar apenas com coisas boas.
Posso me esconder embaixo da sua cama? Do cobertor?
No armário debaixo da escada?
Ficar na escuridão, pois lá ninguém irá me achar.