sábado, 28 de setembro de 2013

Um te amo guardado na gaveta.
Outro te amo guardado em uma caixa.
Mais um te amo encontrado em um papel amarelo, com as bordas comidas por traças.
Um te amo escrito em um caderno jogado em um armário.
Outro te amo dentro de uma bolsa que eu não usava a muito tempo.
Mais um te amo encontrado em uma mala de viagem, usada pela última vez seis anos atrás.
Tantos deles.
Esquecidos, enterrados, perdidos, quem sabe guardados, mas nenhum cuidado.
Com o tempo se perderam, se desencontraram, seguiram caminhos opostos.
Quanto tempo perdido escrevendo eles, acreditando neles.
Hoje estão morrendo ou simplesmente estão mortos a um tempo já, e eu não sabia, não queria acreditar.